Sebastian Bach: "eu achei meu Randy Rhoads"
Desfrutando de uma garrafa de Luigi Bosca Malbec com SEBASTIAN BACH no Hernando’s Hideaway em Toronto, o ex-vocalista do SKID ROW – que aconteceu de estar sentado diretamente em frente à exata mesa na qual ele propôs casamento a sua agora ex-esposa Maria anos atrás – não foi exatamente uma choração de pitangas. Na verdade, foi o contrário, com Baz celebrando o lançamento de seu recém-lançado disco, ‘Kicking & Screaming’.
“Eu tenho muita sorte de estar com a «gravadora» Frontiers Records, eles tiraram todas as complicações do caminho. Eles me deram um orçamento pra valer, um produtor de verdade – Bob Marlette – que já trabalhou com o SHINEDOWN e com o BLACK SABBATH; ele fez um trabalho tão bom. Eu adoro a base desse disco, ela soa tão grossa! Quando eu estou dando meus agudos, eu realmente preciso de uma base consistente na produção para contrabalancear; Bob fez um excelente trabalho. Mas a Frontier Records… eu não poderia estar mais feliz com eles. Esse é um lançamento de alta qualidade que é do calibre do que eu lancei com o Skid rowe ‘Angel Down’. Meus fãs esperam que eu tenha um lançamento de alta qualidade, mas isso custa muito dinheiro, e a Frontiers me providenciou um lançamento mundial. Eles fizeram a voz de Sebastian Bach ser ouvida em 2011. E nós não estamos fazendo apenas o CD, tem a edição de luxo que tem um DVD de uma hora de duração, filmado profissionalmente ao redor do mundo na turnê do GUNS N’ ROSES, de Bogotá na Colômbia e em San Sebastian na Espanha, e Halifax, Canadá; ficou matador!”
‘Kicking & Screaming’ é um título muito apropriado, já que Sebastian nunca passa despercebido. Depois que a risadaria diminuiu, Bach admite, “Eu acho que parte de ser um escritor é ser organizado. Se você vai compor música, ou escrever livros, eu acho que muito disso tem a ver com ser organizado. Você tem que ter um gravador de voz ou um aplicativo em seu celular, ou um pedaço de papel e uma caneta o tempo todo. Se você tiver uma idéia, você tem de capturá-la. ‘Kicking & Screaming’ era um título que eu bolei quatro anos atrás. Eu ouvi, eu gostei e achei que seria ótimo pra mim. Bob Marlette e «o guitarrista» Nick Sterling contribuíram com a música pra canção, e me chaparam! Eu não tinha nem letra nem melodia. Eu passei a limpo minha pilha de títulos e eu tinha escrito Kicking & Screaming. Eu disse a Bob e Nick e eles disseram, ‘Fuck Yeah! ’ Eu aprendi isso com ROB HALFORD. Uma música como ‘Desert Plains’ do «disco do JUDAS PRIEST» ‘Point of Entry’, por alguma razão, soa para mim como se ele estivesse numa planície deserta. As letras de Halford… ele tinha uma capacidade enorme de colocar letras com música que se encaixavam muito bem. ‘Exciter’ soa como ‘Exciter’, ‘Painkiller’ soava como a porra dum painkiller. Havia algo na maneira que ele escrevia pelo qual eu fui muito influenciado. Eu sempre tento fazer com que as palavras se adéqüem à música de algum jeito. Como é o riff? Essa canção soa como kicking & screaming «‘chutando & gritando’»… eu não sei o porque. A música é tão subjetiva. Tudo que você pode fazer é entrar no estúdio e fazer algo que você ame muito, muito. Você não pode tentar adivinhar o que as outras pessoas gostam; eu amo isso! Eu tenho orgulho disso! Eu sei que eu acabei de fazer o CD quando eu quero pegar você e dizer, ouve isso!”
O supracitado prodígio da guitarra Nick Sterling foi recrutado por Sebastian quando tinha apenas 19 anos de idade, ele tem 21 agora. “Daí que a gente tocou no Air Canada Centre «em Toronto» quando Nick tinha 20 anos, foi ótimo – e tocamos em cada arena no Canadá. Aquela foi uma excelente turnê ano passado. Eu sempre procurei, em minha vida toda, pelo meu RANDY RHOADS. Não só Nick toca incrivelmente e escreve grandes canções, mas ele meio que parece com Randy; é louco assim. É bem parecido como quando OZZY apareceu com Randy – Randy e Nick são os jovens prodígios da guitarra. Eu sou como Ozzy – o velho louco desgraçado, e vocês todos me conhecem. Vocês todos conhecem minha voz e minha história; eu sou louco.” (...)
Metallica fecha noite do metal com clássicos de seus 30 anos
O Metallica fechou a noite de domingo no Rock in Rio com alguns de seus principais clássicos. Músicas que tornaram-se lendárias ao longo dos 30 anos de trajetória do quarteto liderado pelo guitarrista e vocalista James Hetfield e seus companheiros Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Robert Trujillo. Legítimos "senhores do metal" que, durante quase duas horas, mantiveram o público na palma da mão.
Com um setlist bastante parecido com o de sua última passagem pelo Brasil no início de 2010, o Metallica abriu a noite com Creeping Death e For Whom The Bells Tolls, do álbum Ride The Lighting, o segundo da banda, lançado em 1984.
>> Veja cobertura completa do Rock in Rio
Em seguida foi a vez de Fuel acender (literalmente) a banda. A faixa do álbum Reload, de 1997 - uma fase bastante contestada na carreira da banda, que se distanciara das raízes metaleiras -, contou diversos efeitos pirotécnicos no palco. De volta à velharia, a faixa título de Ride The Lightning serviu, segundo Hetfield, para apresentar músicas antigas aos novos fãs.
A pseudobalada Fade To Black, também do segundo álbum, veio em seguida e ganhou coro dos 100 mil fãs da plateia. Outrora "maldita", a faixa foi responsável, na época de seu lançamento, pelas acusações de que a banda teria se vendido ao esquemão das gravadoras.
Macaco velho, Hetfield, 48 anos, sabe até brincar com a própria desgraça para manter o público entretido. Na volta do solo de Fade To Black o vocalista errou o chaveamento de sua guitarra, e a base que deveria sair distorcida e pesada veio fraca, quase acústica. Ao final da música tocou a mesma sequência e brincou: "normalmente é mais pesado. Mas vocês captaram a ideia".
A presença de Lemmy Kilmister e o Motörhead na mesma noite não passou em branco. Fã confesso do roqueiro britânico, Hetfield saldou o ídolo publicamente chamando-o de "Poderoso Chefão do Metal". Em 1995 o Metallica fez um show surpresa em Los Angeles na festa de aniversário de 50 anos de Kilmister. Na ocasião tocaram sob a alcunha de The Lemmys.
Prestes a lançar Lulu, o décimo álbum de estúdio, gravado em uma questionável parceria com Lou Reed, o Metallica acabou com toda e qualquer expectativa em torno da presença de alguma faixa inédita no repretório. As mais novas acabaram sendo Cyanide e All Nightmare Long, ambas de Death Magnetic, último registro do grupo lançado em 2008.
E daí pra frente só clássicos foram aceitos no repertório. Primeiro veio Sad But True do Black Album lançado em 1991, álbum que catapultou a banda ao estrelato e marcou o início da parceria de mais de 10 anos com o produtor Bob Rock. Em seguida Welcome Home (Sanitarium) do terceiro disco, Masters Of Puppets, de 1986.
Em seguida mais uma do mesmo álbum, a instrumental Orion. A faixa serve como um tributo do Metallica a Cliff Burton: o ex-baixista da banda é um dos autores da música. Burton morreu em um acidente com o ônibus da banda durante uma turnê pela Suécia em 1987. "Em nossos corações, senhor Cliff Burton", declarou Hetfield ao final.
Para reconquistar a atenção da plateia que se distraiu durante a música e aproveitou para visitar o bar ou o banheiro, o Metallica aposto no certo. A gravação com sons de gritos, helicópteros, explosões e disparos de metralhadoras só podia significar uma coisa: One.
A música é hino absoluto de ...And Justice For All de 1988. Foi com esse disco na bagagem que o Metallica desembarcou no Brasil pela primeira vez em 1989. Nos telões do palco a transmissão passou a ser em preto e branco durante toda a música. A mudança dá à transmissão um efeito similar ao clipe da canção, a primeira da banda a ganhar um vídeo de estúdio.
Mais clássicos pediram passagem e a banda abriu caminho para distribuir na sequência a faixa-título de Master of Puppets e Blackned, primeira música do quarto disco, Justice - esta com direitos a mais pirotecnias e explosões no palco.
Antes do último respiro do primeiro bloco do show, que veio com Nothing Else Matters, baladinha melosa deBlack Album, a banda ainda encontrou alguns minutos para Kirk Hammett fazer um breve solo com direito até a acordes incidentais de Samba de Uma Nota Só de Tom Jobim.
E foi só, porque logo em seguida a banda se despediu do palco com Enter Sandman, talvez a música mais popular do Metallica, lançada em 1991 no mesmo disco. O marcante riff foi nasceu das mãos de Hammett em um quarto de hotel numa madrugada de insônia.
O intervalo de suspense foi curto e a banda voltou para um bis com mais três canções. Nesta turnê, o bis guarda sempre duas surpresas: qual será o cover da noite, que pode ir de Queen a Motörhead; e qual música do primeiro álbum Kill'em All será executada. Nesta noite foram Am I Evil? do Diamond Head, e Whiplash do álbum de estreia de 1983
Com um setlist bastante parecido com o de sua última passagem pelo Brasil no início de 2010, o Metallica abriu a noite com Creeping Death e For Whom The Bells Tolls, do álbum Ride The Lighting, o segundo da banda, lançado em 1984.
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Em seguida foi a vez de Fuel acender (literalmente) a banda. A faixa do álbum Reload, de 1997 - uma fase bastante contestada na carreira da banda, que se distanciara das raízes metaleiras -, contou diversos efeitos pirotécnicos no palco. De volta à velharia, a faixa título de Ride The Lightning serviu, segundo Hetfield, para apresentar músicas antigas aos novos fãs.
A pseudobalada Fade To Black, também do segundo álbum, veio em seguida e ganhou coro dos 100 mil fãs da plateia. Outrora "maldita", a faixa foi responsável, na época de seu lançamento, pelas acusações de que a banda teria se vendido ao esquemão das gravadoras.
Macaco velho, Hetfield, 48 anos, sabe até brincar com a própria desgraça para manter o público entretido. Na volta do solo de Fade To Black o vocalista errou o chaveamento de sua guitarra, e a base que deveria sair distorcida e pesada veio fraca, quase acústica. Ao final da música tocou a mesma sequência e brincou: "normalmente é mais pesado. Mas vocês captaram a ideia".
A presença de Lemmy Kilmister e o Motörhead na mesma noite não passou em branco. Fã confesso do roqueiro britânico, Hetfield saldou o ídolo publicamente chamando-o de "Poderoso Chefão do Metal". Em 1995 o Metallica fez um show surpresa em Los Angeles na festa de aniversário de 50 anos de Kilmister. Na ocasião tocaram sob a alcunha de The Lemmys.
Prestes a lançar Lulu, o décimo álbum de estúdio, gravado em uma questionável parceria com Lou Reed, o Metallica acabou com toda e qualquer expectativa em torno da presença de alguma faixa inédita no repretório. As mais novas acabaram sendo Cyanide e All Nightmare Long, ambas de Death Magnetic, último registro do grupo lançado em 2008.
E daí pra frente só clássicos foram aceitos no repertório. Primeiro veio Sad But True do Black Album lançado em 1991, álbum que catapultou a banda ao estrelato e marcou o início da parceria de mais de 10 anos com o produtor Bob Rock. Em seguida Welcome Home (Sanitarium) do terceiro disco, Masters Of Puppets, de 1986.
Em seguida mais uma do mesmo álbum, a instrumental Orion. A faixa serve como um tributo do Metallica a Cliff Burton: o ex-baixista da banda é um dos autores da música. Burton morreu em um acidente com o ônibus da banda durante uma turnê pela Suécia em 1987. "Em nossos corações, senhor Cliff Burton", declarou Hetfield ao final.
Para reconquistar a atenção da plateia que se distraiu durante a música e aproveitou para visitar o bar ou o banheiro, o Metallica aposto no certo. A gravação com sons de gritos, helicópteros, explosões e disparos de metralhadoras só podia significar uma coisa: One.
A música é hino absoluto de ...And Justice For All de 1988. Foi com esse disco na bagagem que o Metallica desembarcou no Brasil pela primeira vez em 1989. Nos telões do palco a transmissão passou a ser em preto e branco durante toda a música. A mudança dá à transmissão um efeito similar ao clipe da canção, a primeira da banda a ganhar um vídeo de estúdio.
Mais clássicos pediram passagem e a banda abriu caminho para distribuir na sequência a faixa-título de Master of Puppets e Blackned, primeira música do quarto disco, Justice - esta com direitos a mais pirotecnias e explosões no palco.
Antes do último respiro do primeiro bloco do show, que veio com Nothing Else Matters, baladinha melosa deBlack Album, a banda ainda encontrou alguns minutos para Kirk Hammett fazer um breve solo com direito até a acordes incidentais de Samba de Uma Nota Só de Tom Jobim.
E foi só, porque logo em seguida a banda se despediu do palco com Enter Sandman, talvez a música mais popular do Metallica, lançada em 1991 no mesmo disco. O marcante riff foi nasceu das mãos de Hammett em um quarto de hotel numa madrugada de insônia.
O intervalo de suspense foi curto e a banda voltou para um bis com mais três canções. Nesta turnê, o bis guarda sempre duas surpresas: qual será o cover da noite, que pode ir de Queen a Motörhead; e qual música do primeiro álbum Kill'em All será executada. Nesta noite foram Am I Evil? do Diamond Head, e Whiplash do álbum de estreia de 1983